Favas: leguminosa com textura

Além do elevado teor de proteína e fibras, a fava é rica em magnésio, ferro e fósforo.

É a segunda leguminosa mais rica em fibras, sendo a primeira o feijão-branco. Devido a este elevado teor de fibras, o consumo das quantidades recomendadas tem um efeito positivo na redução de colesterol, na regulação do apetite e do trânsito intestinal.

Segundo as recomendações da Roda dos Alimentos, deve consumir-se 1-2 porções diárias de leguminosas, sendo que 1 porção representa 3 colheres de sopa de favas frescas cruas.

O favismo é uma doença provocada pela ingestão excessiva de favas, ou inalação do seu pólen, em pessoas que tenham deficiência da enzima G6FD (glucose-6-fosfato desidrogenase) que é crucial para a proteção das células contra o stress oxidativo. Caracteriza-se por uma anemia hemolítica aguda (destruição em massa dos glóbulos vermelhos) com coloração amarelada da pele, alterações digestivas e febre.

Encontras esta leguminosa à venda em vagem para descascar, grão congelado ou fava seca, sendo a última menos utilizada.

As vagens devem ter um aspeto fresco e viçoso, devendo certificar-te de que não existem vagens duras à mistura com as tenras. Se optares pelas favas secas estas devem estar brilhantes, inteiras e sem cheiros estranhos.

Podes armazenar a vagem fresca durante 2-3 dias à temperatura ambiente. Assim que a descascares cozinha-as logo. Se quiseres aumentar o tempo de conservação, podes optar por colocá-las no frigorífico onde duram cerca de 1 semana. A fava seca pode conserva-se até 1 ano desde que em saco bem fechado e ao abrigo da luz.

As favas devem ser consumidas ainda tenras e com sabor adocicado. Devido ao seu valor proteico é uma leguminosa bastante utilizada na cozinha vegetariana.

São bastantes versáteis, mas recomenda-se que sejam bem cozinhadas para facilitar a sua digestão.