Diabetes? Importância da alimentação
A Diabetes é uma das doenças do século, e também uma das mais silenciosas. Atualmente, o Serviço Nacional de Saúde Português (SNS) estima que cerca de 13,3% da população entre os 20 e os 79 anos sofra desta doença, o que significa mais de um milhão de pessoas em todo o país, um valor que parece continuar a aumentar de dia para dia.
É uma doença metabólica crónica que provoca o aumento de concentração de açúcar sanguíneo (hiperglicemia) e que pode atingir qualquer pessoa, independentemente do sexo e da idade. Esta doença, se não for controlada, provoca hiperglicemia constante, afeta vários tecidos e órgãos, podendo causar alguns problemas de saúde mais graves a longo prazo, como problemas cardíaco-vasculares e do sistema nervoso e, pode até provocar a perda de visão, algo muito comum em quem sofre desta patologia.
Existem três tipos diferentes de Diabetes. A de tipo 1, em que o pâncreas produz pouca ou mesmo nenhuma insulina, a de tipo 2, que representa 90% dos casos, em que o organismo é resistente à sua ação e, por isso, não é capaz de a utilizar corretamente, e a Diabetes Gestacional, que surge durante a gravidez e é, normalmente, temporária.
Mas como saber se estás, ou não, em risco de ter Diabetes? Deixamos-te os principais fatores de risco a que deves estar atento:
- História familiar de diabetes;
- Excesso de peso e obesidade;
- Sedentarismo;
- Hipertensão arterial;
- Dislipidemia (colesterol LDL aumentado);
- Diabetes Gestacional;
- Síndrome do Ovário Policístico (SOP).
No entanto, hoje em dia a Diabetes pode ser controlada e, até em determinados casos, reversível através de um estilo de vida ativo, acima de tudo, de uma alimentação equilibrada. A alimentação e a atividade física têm um papel fundamental na prevenção (até 70%), mas também no controlo da Diabetes.
Se, eventualmente, tu ou alguém da tua família ou círculo de amigos tiverem Diabetes, estas são algumas das coisas que devem fazer para controlar a doença da melhor forma possível:
- Ter uma alimentação equilibrada, variada, e nutricionalmente densa;
- Reduzir a ingestão de açúcares simples como é o caso do açúcar de adição, bolos e bolachas;
- Privilegiar a ingestão de hidratos de carbono com baixo índice glicémico, de forma a manter os valores de açúcar estáveis;
- Consumir alimentos ricos em fibra, já que esta ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue, promove a saciedade e ajuda a manter a saúde intestinal. Hortícolas, frutas, leguminosas, cereais integrais, frutos oleaginosos e sementes são boas fontes de fibra;
- Consumir gorduras de boa qualidade, como o azeite virgem extra, frutos oleaginosos e sementes;
- Evitar alimentos processados e refinados que potenciam o processo inflamatório do organismo. “Descascar mais e desembalar menos” é a atitude que deves ter;
- Garantir que ingeres proteína suficiente e de boa qualidade, variando entre fontes de origem vegetal (leguminosas, soja, tofu, tempeh) e animal (peixe, carne, ovos, lácteos), de forma a garantir a saciedade e preservar a massa muscular;
- Diminuir o consumo de sal e de produtos salgados como os de charcutaria, enlatados e conservas e aperitivos com adição de elevadas quantidades de sal;
- Não fumar e limitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Beber a quantidade de água que é recomendada ao longo do dia;
- Manter um peso corporal saudável;
- Idealmente consultar um nutricionista.
Referências Bibliográficas:
* Serviço Nacional de Saúde; Diabetes, 2018. Disponível em:
https://www.sns.gov.pt/noticias/2018/05/14/diabetes/