Azeite: gordura vegetal
O azeite é usado abundantemente na culinária desde tempos remotos, nomeadamente na dieta mediterrânea tradicional e proporciona aos alimentos um sabor e aroma agradáveis.
É uma gordura vegetal extraída da azeitona exclusivamente por processos mecânicos e físicos.
Informação Nutricional
O azeite é composto quase exclusivamente por lípidos (99,9%), cuja maior percentagem é constituída por ácidos gordos monoinsaturados, principalmente ácido oleico. Além disso, destaca-se o seu teor em vitamina E e polifenóis.
O grau de acidez do azeite está relacionado com a quantidade de ácidos gordos livres que este possui e também com a variedade e estado de maturação da azeitona aquando da colheita.
Composição nutricional (100g de parte edível) |
Azeite |
---|---|
Energia (kcal) | 899 |
Água (g) | 0 |
Proteínas (g) | 0 |
Lípidos (g) | 99,9 |
Saturados (g) | 14,4 |
Monoinsaturados (g) | 78,6 |
Polinsaturados (g) | 6,9 |
Trans (g) | 0 |
Hidratos de Carbono (g) | 0 |
Vitamina E (mg) | 14 |
Vantagens e desvantagens
A dieta mediterrânea tradicional está associada a um baixo risco de doença cardiovascular e o azeite desempenha um papel fundamental nesta protecção. De facto, os ácidos gordos monoinsaturados do azeite ajudam a baixar o LDL-colesterol (mau colesterol) e a elevar o HDL-colesterol (bom colesterol), beneficiando a saúde cardiovascular.
A vitamina E e os polifenóis evitam a oxidação e protegem a integridade de diversos componentes celulares, nomeadamente das lipoproteínas que transportam o colesterol no sangue e ajudam, assim, a prevenir problemas cardiovasculares. Além desta função antioxidante, os polifenóis têm uma acção anti-inflamatória e anticoagulante, ajudando na protecção contra o cancro do cólon e osteoporose.
Os lípidos do azeite são bem digeridos pelo organismo e, quando presentes no intestino, têm um leve efeito laxante e estimulam a actividade da vesícula biliar na produção de bílis, ajudando a proteger contra os cálculos biliares.
O azeite suporta temperaturas muito elevadas (até 210º-220ºC) sem degradação substancial dos seus componentes, possibilitando assim a sua utilização nas várias formas de confeção culinária.
Apesar dos benefícios para a saúde, não te esqueças que o azeite é uma gordura e, por isso, tem um elevado valor energético. Um consumo excessivo de azeite pode também ter desvantagens, nomeadamente o aumento de peso.
Como comprar e conservar
De acordo com o método de produção, existem vários tipos de azeites, sendo os azeites virgens os mais comuns. Nesta categoria, estão ao dispor do consumidor os seguintes azeites:
-
Azeite virgem extra - Azeite virgem com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 1 g por 100 g.
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Azeite virgem - Azeite virgem com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 2 g por 100 g.
-
Azeite virgem corrente - Azeite virgem com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 3,3 g por 100 g.
Dentro da vasta gama de azeites disponíveis no mercado, deves eleger o azeite de acordo com a utilização culinária a que se destina. Os azeites virgem e virgem extra são especialmente recomendados para consumir em cru, para temperar e para utilizar em doçaria e sobremesas, por terem um sabor mais suave. Enquanto que o azeite virgem corrente, é uma óptima opção para fritar alimentos.
O azeite é a melhor opção para fritar alimentos porque, além de suportar melhor as altas temperaturas, forma uma crosta na superfície do alimento, que impede a penetração do azeite no seu interior. Obterás alimentos mais saudáveis e com teores de lípidos mais baixos. Ainda assim, deverás moderar no consumo de alimentos fritos.
Apesar de não sofrer processos químicos, o azeite tem uma durabilidade bastante elevada. Quando bem acondicionado, pode conservar-se por 18 meses após a data de fabrico sem grandes alterações. Deverá ser guardado em recipientes de vidro, de preferência de coloração escura, e manter-se em local escuro e fresco. Além disso, não deverá partilhar o mesmo espaço com produtos que tenham aromas intensos para evitar que os absorva.
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