Dieta Mediterrânica
Alimentação Equilibrada

Dieta Mediterrânica

O padrão alimentar designado por Dieta Mediterrânica é característico dos países da bacia Mediterrânica e faz parte integrante das tradições da cultura destes países. Ao longo das últimas décadas vários estudos científicos têm mostrado os seus benefícios para a saúde e a sua associação com a sustentabilidade ambiental.

O que é a Dieta Mediterrânica?

A Dieta Mediterrânica caracteriza-se por:

  • ingestão significativa de alimentos de origem vegetal (cereais, produtos hortícolas, fruta, leguminosas secas e frescas);
  • preferência por cereais e derivados escuros e pouco refinados;
  • consumo de frutos secos e oleaginosos;
  • ingestão regular de produtos frescos, pouco processados e locais, respeitando a sazonalidade;
  • utilização do azeite como principal gordura para cozinhar ou temperar;
  • consumo baixo a moderado de laticínios;
  • consumo frequente de pescado;
  • consumo baixo e pouco frequente de carnes vermelhas;
  • eleição da água como a bebida principal;
  • baixo a moderado consumo de vinho, principalmente tinto a acompanhar as refeições principais;
  • confeções culinárias simples.
O padrão alimentar visto como o mais saudável e mais sustentável no mundo.

Um Estilo de Vida

Mas, mais do que um padrão alimentar, a “Dieta Mediterrânica” representa um estilo de vida marcado pela diversidade, em que as refeições são momentos de convívio em família ou entre amigos, promovendo a convivência entre as pessoas à mesa.

Pelas condições climatéricas a prática regular de atividade física é igualmente um aspeto marcante deste estilo de vida. 

Porque se fala tanto da Dieta Mediterrânica?

Nos anos 50 (séc. XX) Ancel Keys, um investigador americano realizou um estudo em diversos países do Mediterrâneo, no qual verificou que o aumento do aparecimento de doença coronária estava relacionado com um aumento do consumo de gorduras, sobretudo de gorduras saturadas. No entanto, os países da bacia do Mediterrâneo eram exceção uma vez que, apesar de apresentarem um consumo elevado de gordura, a incidência de enfartes do miocárdio era menor. Um dos aspetos associados a este resultado inesperado foi o facto da gordura consumida nestes países ser o azeite em vez de gorduras de origem animal.

Desde essa altura diversos estudos científicos têm sugerido que este tipo de dieta se associa a uma maior longevidade e diminuição de risco de desenvolvimento de diversas doenças, sendo considerada uma das dietas mais saudáveis do mundo.

Por ser o padrão alimentar visto como o mais saudável e mais sustentável no mundo, fundamental no campo da saúde pública e nutrição de forma global mas em especial na zona mediterrânica, a Dieta Mediterrânica foi reconhecida pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, desde 4 de Dezembro de 2013.

 
 

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